Mass Effect 2 – Análise

08-12-2010 08:08

 


AVALIAÇÃO:


A Bioware é discutivelmente o maior nome da atualidade em RPGs ocidentais. Tendo se estabelecido no mercado com Baldur’s Gate, ela tem lançado uma sucessão de jogos que, nos piores dias, são apenas “bons”. Mass Effect 2 consegue a façanha de se destacar nessa brilhante lista, e é um forte candidato a jogo do ano, conseguindo pegar o seu extraordinário antecessor, melhora-lo em varios aspectos e consolidando o legado de Mass Effect enfim como uma série de sucesso.

História (10)

O jogo começa algumas semanas depois do primeiro da série, e instantaneamente taca um tijolo na sua cabeça: Sua nave é destruída, parte da sua tripulação morre e o protagonista comandante Shepard fica a deriva no espaço antes de morrer queimado ao entrar na atmosfera de um planeta próximo. Apesar desse prólogo irreverente, o jogador logo descobre que o corpo de Shepard foi recolhido e ressuscitado através de um experimento. Shepard assim se ve obrigado a trabalhar com aqueles que o deram uma segunda vida, seus antigos inimigos do grupo xenófobo Cerberus, ja que seus interesses são mútuos dessa vez.

Como em Mass Effect 1, a história depende do jogador. É possível utilizar seu save do primeiro jogo  para ver as consequencias de suas ações e decisões no futuro(apesar de não ser obigatório, o jogo tem um caminho pre-definido se você não tiver um save do primeiro jogo) . Shepard também consegue se manter interessante ao longo do jogo, não importa o caminho que você toma. É normal em jogos terem um caminho do bem e um do mal hoje em dia, mas Mass Effect não é tão preto e branco. O Shepard “mal” é apenas um agente que não mede esforços pra conseguir seus objetivos, e consegue manter um ar mais realista do que decisões bipolares e limitadas como “você precisa A) salvar o orfanato ou B) queimar o orfanato” .

O elenco de personagens também é excelente, sem exceções. As opiniões podem variar muito sobre quem são os melhores, mas é indiscutivel que a qualidade de desenvolvimento deles melhorou muito em relação ao primeiro Mass Effect. Todos conseguem ser interessantes a sua própria maneira.

Gráfico (9)

Outra grande melhora. Cenários com ótimas texturas e horizontes belos e/ou intimidadores. Os personagens tem aparencias claramente distintas e interessantes, talvez pecando um pouco com alguns detalhes como serrilhados ocasionais, mas os gráficos e a arte são excelentes.

 

Som (10)

Dublagem excelente com grandes nomes, contando até com um primeiro trabalho em videogames do ator veterano Martin Sheen. Os sons se encaixam com o setting de ficção científica, e a trilha sonora serve perfeitamente como plano de fundo para as situações in-game. Uma pena o jogo não possuir uma música tema memorável como a canção M4 Part II de Mass Effect 1, mas isso não é um problema digno de nota considerando o trabalho perfeito em todo o resto.

Gameplay (9)

O combate do jogo segue a fórmula agora tradicional de jogos de tiro com sistema de cover, mas apesar disso o jogo apresenta um sistema bem elaborado e variado com uma variedade de skills e armas diferentes pra cada classe disponível. O sistema de diálogos se mantém igual, o que talvez seja bom, mas as vezes é importante se perguntar se há algum jeito de melhorar, e não parece que a Bioware se importou muito com isso.

As missões do jogo finalmente são diferenciadas. Todas elas, até as não relacionadas a história principal, são únicas. Isso é uma reação ao primeiro jogo, que reciclava essencialmente os mesmos layouts pra todas as sidequests, tornando a tarefa de completar 100% do jogo muito cansativa. Nessa sequencia, o replay foi melhorado consideravelmente.

Pontos Positivos
  • Replay alto
  • Excelente elenco
  • História interessante tanto no caminho “bom” quanto no “mal”
Pontos Negativos
  • Algumas classes são muito melhores que as outras